segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pra Molecada Grande

Pra quem ainda não conhece as atividades educativas da São Paulo Companhia de Dança, eis uma boa oportunidade; uma não...  duas oportunidades de Espetáculos Especiais, que serão realizados à noite, exatamente para aqueles que não tem a possibilidade de presenciar o Espetáculo no período da tarde.

Serão 2 espetáculos Especiais, noturnos, para os adolescentes, jovens adultos e 3a. idade.
Acontecerão nos dias:

18 de novembro, às 20 horas, com as seguintes coreografias:

Em Theme and Variations, de George Balanchine, o coreógrafo evoca o período de florescimento da dança clássica. O movimento final da Suíte nº3 consiste em 12 variações. No início, 12 bailarinas e um casal principal apresentam os temas que serão retomados ao longo da coreografia. A obra exige muito dos intérpretes, pois como todas as obras de Balanchine, o vigor técnico, a leveza, a força, habilidade nos desequilíbrios e virtuosismo são necessários. No desenrolar da obra, o casal intercala sua participação com o corpo de baile e o trabalho, de aproximadamente 25 minutos, termina com uma grande polonaise para 26 bailarinos.

Foto: João Caldas/ divulgação SPCD


Para compor o programa teremos Sechs Tänze, de Kylián, um trabalho que une dança e humor. O coreógrafo compôs seis peças aparentemente sem sentido que dialogam para protestar e fazer uma crítica aos valores vigentes à época em que as Seis Danças Alemãs K 571, de Mozart, foram compostas. É a primeira vez que uma Companhia brasileira remonta a obra no Brasil. A remontagem para a SPCD é assinada por Patrick Delcroix. No elenco oito bailarinos e a coreografia tem duração de 13 minutos.

Dia 25 de novembro, às 20 horas, com as seguintes coreografias:

Na segunda semana de espetáculos da temporada popular da SPCD no Teatro Sérgio Cardoso, serão apresentados: Os Duplos, de Maurício de Oliveira, Tchaikovsky Pas de Deux e Serenade, de George Balanchine.

OS DUPLOS

A criação de Maurício de Oliveira para a São Paulo Companhia de Dança tem como foco a imagem do bailarino que se multiplica ao longo da cena. No ambiente marcado pela luz de Wagner Freire, oito intérpretes procuram desenhar o espaço por meio de seus movimentos e pela própria relação dos corpos. É o duplo de cada um, do outro e do conjunto, que estabelece relações ambíguas. Entram, misturam-se, contaminam-se na busca de um encontro com o outro e consigo. Habitam um tempo particular. Em Os Duplos os artistas são cocriadores das estratégias apresentadas, cuja assinatura coreográfica é reconhecida pelo movimento e dialoga com o figurino de Jum Nakao e a trilha especialmente composta por André Abujamra.



TCHAIKOVSKY PAS DE DEUX

A primeira apresentação de Tchaikovsky Pas de Deux foi realizada pelo New York City Ballet em março de 1960. A obra de oito minutos que exige grande virtuosismo técnico dos bailarinos ao mesclar técnicas clássicas e neoclássicas, num tributo ao balé romântico. A bailarina dança brincando com o eixo vertical, com especial domínio do equilíbrio e do desequilíbrio. Ela também precisa de grande velocidade nos movimentos dos pés e graça e agilidade nos braços. Para o bailarino, o desafio está na combinação de difíceis rotações, na velocidade dos movimentos e nos grandes saltos.


A partitura musical de Tchaikovsky (1840-1893) foi concebida originalmente para o terceiro ato de O Lago dos Cisnes, sob encomenda do Teatro Bolshoi em 1876. Tchaikovsky a teria composto às pressas depois que a obra já estava acabada, como parte independente da história central do balé, somente para destacar o desempenho de uma das bailarinas da companhia. Sem o registro na partitura original, a música não integrou, por exemplo, a histórica versão coreográfica que Marius Petipa (1818-1910) concebeu em 1895 para a apresentação à corte real, em São Petersburgo, no Teatro Mariinsky. Desconhecida por mais de meio século, inclusive pelo o Museu Tchaikovsky, em Klin, somente foi descoberta com os esforços da Fundação Tchaikovsky, de Nova York.

A remontagem da obra para a São Paulo Companhia de Dança foi feita pelo bailarino e professor belga Ben Huys, indicado pela Balanchine Trust



SERENADE

Profundamente comprometido com a musicalidade sobre a qual se erguem suas obras, George Balanchine teve uma aproximação um pouco diferente com a obra de Tchaikovsky para criar sua coreografia sobre a Serenata em Dó Maior para Cordas. Serenade partiu de uma apreensão musical de exercícios em que o artista procurava demonstrar a seus alunos quais as

diferenças fundamentais entre a dança da sala de aula e a dança apresentada no palco.

A coreografia nasceu de uma entrega do criador às circunstâncias: Balanchine incorporou certas formações incomuns (como um grupo de dezessete ou cinco bailarinas) e incidentes acontecidos (como o atraso de uma intérprete, o gesto que outra fizera para se proteger do sol, a queda de uma terceira) para renovar a tradição. O coreógrafo nunca admitiu a existência de um enredo em Serenade, mas é muito forte a sensação de que a partitura corporal aponta para uma narrativa.

Em junho de 1934 a coreografia foi apresentada pelo primeiro grupo da School of American Ballet, mas sofreu diversas mudanças, conforme assinala a Fundação Balanchine, até a estreia da obra pela companhia profissional The American Ballet, criada por Balanchine e Lincon Kirstein (1907-1996), em março de 1935.

A remontagem da obra para a São Paulo Companhia de Dança foi feita pelo bailarino e professor belga Ben Huys, indicado pela Balanchine Trust.

Para fazer a inscrição basta mandar um email para: educativo@spcd.com.br passando a quantidade de inscritos, nome e contato do professor responsável.

Precisa ser rápido, porque as vagas são limitadas!

mais informações: http://www.saopaulocompanhiadedanca.art.br/