quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FÉRIASSSSSSSS!!!

Queridos visitantes, este blog, ou melhor, a autora do blog passará por um período de férias (mais que merecidas), mas sem esquecer o querido blog e vocês, que lêem.

Voltamos com novidades.

Boas Festas, final de ano e até 2012!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Post do Minha Mãe que Disse

Gente, há pouco tempo escrevi sobre a questão da maternidade e o tempo no trabalho. E hoje me deparo com esse texto incrível, que vale a pena se debruçar e ler.



foto: Renata Amaral

Ahn, o texto foi tirado do blog: Minha Mãe que Disse, reunindo mais de 900 mães blogueiras.

E a autora do texto é Cláudia Rodrigues autora do Blog: Buena Leche


MATERNIDADE NA BERLINDA

Por: Cláudia Rodrigues

De uns tempos para cá o exercício da maternidade, que esteve submetido aos desmandos da competição feminista desde o pós-guerra, começou a ser questionado. Jovens ou maduras, mulheres de todas as classes econômicas começam a questionar o distanciamento dos filhos diante do aperto de horas que o mercado de trabalho exige. Preocupadas com detalhes que vão da opção pelo parto, passando pelo tempo ideal de amamentação à educação dos primeiros anos, os mais importantes para a formação de personalidade, caráter e hábitos de alimentação da criança, elas vêm provocando a ira das mulheres que defendem o status quo. Irritadas, as defensoras do sistema vigente, gritam que não são menos mães porque são mães à moda do mercado.

O primeiro questionamento é em relação ao parto, esse detalhe. A nova geração exige direito de parir com dignidade, delicadeza e paciência por parte da assistência e dá de ombros para as representantes da velha guarda com sua antiga cantilena de que tanto faz se o bebê nasce de cesariana ou de parto normal. Elas querem mais do que respeitar o tempo do bebê e seu direito de nascer e salvar-se vigorosamente na luta pela sobrevivência; se possível buscam parir em águas mornas, sentindo o prolongado prazer de um ritual que resgata com requintes de inteligência e sensibilidade, o velho ato de parir. Rejeitam intervenções pediátricas desnecessárias no recém-nascido, exigem braços livres de sondas para abraçarem seus bebês nos primeiros minutos de vida.

Não querem mais abrir mão de amamentar nem quando optam por adotar. Sim, mães adotivas modernas amamentam e andam brigando por uma licença- maternidade cada vez maior, a exemplo dos países desenvolvidos. Não acham normal, nem natural, nem bonito e sabem que não é útil o uso intenso de objetos adaptadores. Chupetas, mamadeiras e carrinhos começam a ser trocados por peito em livre demanda, comidas naturais e slings, aquelas sacolinhas de carregar bebês, que além de práticas e bonitas têm função e é de aproximar o corpo da mãe do corpo do filhote.



Elas não querem se distanciar dos seus bebês, entendem a maternidade como prazer, não como fardo. Elas não vêem o trabalho de cuidar dos filhos pequenos como algo menor, mas sob uma nova nomenclatura: maternagem.



Enganam-se as mulheres da velha guarda quando chamam essas pioneiras de burras que querem voltar ao passado perdendo a competitividade no mercado de trabalho ou quando fazem piadas sobre ser o parto natural um ato pré-histórico. Essa nova geração estuda profundamente seu momento histórico dentro da sociedade e mais do que isso, pratica uma maternidade menos vaidosa, menos egoísta, menos egotista, mais voltada para o desenvolvimento dos bebês e de seus próprios corpos, seus hormônios, a fase da vida em que estão – ou em que se meteram por desejo de fecundação. Elas vêem com olhos bem abertos e mente oxigenada que a terceirização da maternidade em tempo integral desde tenra idade tem causado problemas já apontados pela neurociência. Elas não têm medo de saber mais, estudar mais, entender melhor de que tecidos são feitos os links entre corpo e psiqué. Preferem investir num novo modus operandi, recusando-se a repetir os velhos padrões de comportamento que se acirraram nos últimos 60 anos. A mídia e a média das mulheres continua apontando a culpa como regente-mor da mãe que acompanha o desenvolvimento do bebê e da criança pequena. É um discurso tolo, mofado. A culpa só aparece na ausência de responsabilidade e nessas mulheres que recebem a maternidade literalmente no peito, a responsabilidade dita as regras de um amor suado, de uma relação com bebês deleitada em quantidade e qualidade, com história, sob as bases de um convívio que sabe dizer sim e não, corpo a corpo, sem subornos afetivos via objetos e guloseimas.


É um amor libertador, marcado pelas necessidades de autonomia e independência da criança, que um dia cresce e sob bases sólidas vai embora, feliz e sem culpa, deixando para trás uma relação repleta de vitalidade, sem traços neuróticos do que deixou de ser vivido, sem bateção de porta na cara, sem insultos, sem cobranças de ambas as partes. Não há nada mais normopata e desconstrutivo na relação das mães com filhos do que grudar nos jovens para obter o que já passou, o que não foi vivido. Nada mais cruel do que chorar a distância do filho adulto, feliz em sua vida de adulto.

Cada fase da maternidade pode ser transitada sem ansiedade, com a intensidade natural e gradual de separação e isso nem de longe quer dizer parar de trabalhar, elas sabem disso e buscam novas formas de comportamento profissional, adaptando a vida à maternidade e não a maternidade à vida de um adulto sem filhos. Finalmente, não há nada mais prazeroso na plenitude da maternidade do que sentir a sobra de energia da separação quando ela se faz, naturalmente, necessária, pronta, com pernas fortes, cabeças feitas para ambos os lados. Os filhos definitivamente não precisam de tantos estímulos, nem tantas providências e coisas; desde pequenos até adultos necessitam mais do que tudo respeito à fase em que vivem. E as mulheres, por sua vez, podem se libertar do papel cultural da maternidade, do filho-troféu que as remete a esse lugar de sentimentos persecutórios de menos mãe, afinal a ordem dos dias atuais não é ser mãe em tempo integral, mas mãe em tempo visceral.


.:.
Claudia Rodrigues, jornalista e terapeuta reichiana, humanista convicta em eterna construção. Abomina palmadas, insultos e agressões às crianças e aos adolescentes. Acredita, recomenda e pratica a educação com sensibilidade e inteligência, da fecundação à maioridade. Autora do recomendaíssimo blog Buena Leche.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cia. das Mães - Descontos e Roupas

Gente,




E quem resiste a uma boa promoção, ainda mais pra esses pequerruchos, que são nossos filhotes, afilhados, sobrinhos, amiguinhos???

Então, a Cia. das Mães está com uma Mega Promoção e que vale super a pena.

Além disso é um site que tem: blog, bazar, um coletivo de mães empreendedoras – que é um dos meus grandes objetivos. Um dia eu chego lá!!

Curtiu?

O que está em super promoção é a Chico Babies.
 
Presente de Natal pra Tchurma garantido.
 

Primeiro Lugar

Dei uma busca com a palavra Pra Molecada no Google, e me surpreendi com o blog em primeiro lugar.

Delícia!!

Agradeço a todos que me lêem...

É um grande estímulo!!

Inté

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Espetáculo Circense - SESC

Gente, pra quem quer levar os filhotes num Espetáculo Circense.

Segue aqui a dica: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=205860

Vai ser lá no SESC Pinheiros!

Bora??

Tempo, tempo, tempo...

Escrevo depois de chegar em casa, brincar com a minha filha, preparar a janta, dar comida e dizer a ela que hoje não dá tempo de brincar, de contar história. Isso hoje. Porque eu precisava tentar deixar a cozinha em ordem, depois de um final de semana cheio de passeios e histórias.




Navegando pela internet, nos mais variados temas que me interessam me deparo com estes links da Revista Crescer, sobre a questão da maternidade e do trabalho.



Trabalhar ou ficar com os filhos?



O mais bacana é poder pensar que de fato há a opção, isto é, que caso eu tenha filhos, eu possa optar em não trabalhar (não é uma realidade muito presente em quase nenhum lugar no mundo, caso você seja das mães que não tem parceiros para arcar com a casa). E que a opção real entre: vou trabalhar integral e meu ou minha companheira é que vão tocar; ou vou ficar com os filhos e o companheiro ou companheira que vão cuidar da questão financeira; ou então, a que tanto tento me enquadrar e cada dia vejo mais distante: uma flexibilidade entre empregador e empregado para que seja possível cuidar dos dois.



Eu acho que posso me usar como exemplo: trabalho, sou super atenta, mas não sou workaholic, não fico horas a mais, na verdade acho isso bem danoso à saúde de qualquer trabalhador. Revela um desvio tanto do empregador quanto do empregado, porque está havendo um exagero (ou no trabalho ou na falta de, e assim se prolongam as suas horas no local de trabalho, ou chamado escritório).



No entanto me vejo perfeitamente trabalhando com um horário mais flexível ou até mesmo reduzido, tipo, 6 horas por dia, sem comprometer em nada a qualidade do trabalho.



Atuo na área cultural há quase 10 anos, então muitas vezes tenho algumas viagens programadas por conta do trabalho. Da última vez fiquei 10 dias fora, no Norte do país, trabalhando. Falando, no máximo, 1 vez por dia (quando possível) em casa, com meu marido e filha. E produzi pra caraca!! Mas voltei, cheia de saudades, queria aproveitar mais a minha filhotinha e meu companheiro. Mas trabalho num esquema de banco de horas, então eu devo horas (apesar da viagem), então não posso.



Dia desses, Tarsila ficou com catapora. É uma doença infantil, em geral não compromete muito, mas se não for bem cuidada, pode trazer seqüelas como pneumonia e uma inflamação cerebral. Que mãe que vai trabalhar tranquilamente desse jeito? Então são horas disperdiçadas, tentando focar no trabalho, com o pensamento em casa. E, não seria mais humano e ter uma flexibilização do horário (de acordo com as leis - sempre as leis), de que em ocasiões como esta, o seu trabalho permitindo, você pode realizá-lo de casa, ou então autorizando os pais a ficar em casa para poder cuidar bem dos filhos?



O curioso é que ser mãe me deixou mais focada, mais ágil, mais atenta, e mais rápida. Mais organizada, e com um planejamento melhor. O que muitas vezes me atrapalha são as 9 horas (porque são 8 horas trabalhadas mais uma hora de almoço), que precisam ser preenchidas com o trabalho.



Voltando à questão inicial do post, sobre trabalhar e cuidar dos filhos. Todas as crianças que vejo, filhos de amigas, minha filha e eu mesma, como filha. Acredito que o maior peso seja a mulher não se culpar tanto e curtir os momentos: quando está em casa, curtir a casa, os filhos, o companheiro. Quando está no trabalho, focar no trabalho. Sim, os assuntos se mesclam, no trabalho comentamos de como estão as coisas em casa e em casa muitas vezes comentamos de como estão as coisas no trabalho. Mas comentar, como algo do dia, um acontecimento. E não se ocupar do assunto quando não é o momento.



Uma amiga diz, várias vezes, que me vê como uma mãe bem resolvida. Eu me vejo assim, querendo, na verdade, 2 horas do dia que dedico ao trabalho, que eu pudesse dedicar à minha casa, tendo assim um equilíbrio entre as duas vidas, a vida do trabalho e a vida em casa.



A Tarsila tem orgulho, poucas vezes pergunta porquê eu estou fora ou não estou com ela, o mais engraçado é que ela quer estar comigo. Como trabalho na área cultural, uma parte do meu trabalho pra ela, é cheia de graça. Chego em casa, pergunto como foi seu dia, o que fez de mais divertido. Não me ausento nos momentos em que estamos juntas. E acho que é essa a qualidade que faz a situação ficar bem resolvida. E é essa a fórmula que funciona para mim neste momento. Pode ser que tudo mude. E é preciso estar aberta para isso também. E a família inteira estar nessa, juntos.



O que saiu publicado na Revista Crescer, é uma discussão enorme, o que foi levantado é apenas o primeiro degrau de uma escada gigantesca que precisamos trilhar.



Muitas empresas, principalmente essas mais tradicionais e burocráticas, tendem a acreditar que a mulher, após o nascimento do filho, perde o foco, perde a capacidade de trabalho, porque às vezes precisa se ausentar por conta da família em formação. Portanto, acreditam que a maternidade causa uma incapacidade na mulher.



E o que se pode observar é bem o contrário. Uma administração maior do tempo, um bem escasso na sociedade atual, conseguindo inclusive administrar melhor o que é prioritário daquilo que não é, promovendo uma mudança intensa, inclusive em seu modo de organização - interno e externo – mais uma vez consigo me ver no exemplo, já que sempre fui desordenada, e que hoje consigo fazer o que descrevi em cima e ainda parar, depois de ter posto a filhota pra dormir com uma breve história, em duas horas e meia após ter chegado em minha.



A abordagem inclui a questão de não ser só da mãe essa flexibilidade, mas de ser negociada entre o casal, dependendo do trabalho, a mulher não tem a flexibilidade, mas o homem tem.



Ahn, mas aí... já são outros 500...



E você, o que acha??

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Maratona Infantil

Gente, numa correria e de mudança, mas esse vale a pena ler...

Maratona Infantil lá no MIS, recebi essa dica de uma amiga que está muito longe e muito perto.

Então, como ando sem tempo, é só um copiar e colar.

Fica aqui a dica




O MIS apresenta a primeira edição da Maratona Infantil. O projeto traz uma série de atividades focadas nas crianças e família com uma programação variada que reúne shows, filmes, oficinas, contação de histórias e outras atividades ao longo de todo o dia.



Um dos destaques é o show Bichos do Mundo, com a Banda Strombólica e a Cia. Pia Fraus. Na apresentação, o público irá conferir, por exemplo, as canções “Pinguim Apaixonado” - a história de um pinguim atrapalhado que se apaixona por tudo que é preto e branco, como uma zebra e um urso panda; e “Tubarão Com Fome”, saga de um tubarão que sempre tem problemas na hora de procurar comida.



Durante todo o dia a Cia. BuBiÔ, FicÔ LÔ fará intervenções circences na área externa do museu - com malabaristas, palhaços, pernaltas e monociclista interagindo com o público.



O Núcleo Educativo do MIS também estará à disposição dos participantes com visitas monitoradas gratuitas, às 11h, 13h30, 15h.



Confira abaixo a programação completa:



10h às 11h, 13h às 14h e 14h30 às 15h30 (Sala Educativo):

Oficina de Brinquedo de Animação com a equipe Educativo MIS



10h às 14h (Auditório MIS):

Sessão de curtas infantis. Clique aqui para conferir a programação.



10h às 16h (Área externa):

Intervenções Circenses, com a Cia. BuBiÔ, FicÔ LÔ!



11h às 12h e 14h às 15h (Foyer do Auditório MIS):

Contação de Histórias: Nas beiradas do rio - folclore Amazônico, com a Cia. Canto em Contos



12h às 14h (Sala de Interface):

Oficina de Tecnologia com Material Reutilizável, com a Casa das Ideias



14h às 16h (Auditório LABMIS):

Oficina Audiovisual: A invenção do cinema, com a Associação Cultural Kinoforum



16h às 17h (Auditório MIS):

Show Bichos do Mundo, com a Banda Strombólica e a Cia. Pia Fraus







Classificação etária: Livre

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dora: A aventureira

foto do site: Look Pictures

Entrei na nova fase da Tarsila, que agora assimila as propagandas e quer algumas coisas.
O bom é que o interesse foi num consumo cultural, bom ou ruim, sei lá.

Mas esse post é pra falar sobre a Dora, A Aventureira.

Fizeram um musical do desenho e terá uma apresentação no Citibank Hall.

Dora, A Aventureira ao Vivo

Porque eu acho bacana esse desenho: é uma menina, morena, e que se aventura pelo mundo para resolver algumas coisas. Não é uma Menina Superpoderosa. Não vai salvar o mundo dos maus e opressores. São umas questões éticas, e de ajuda. Tipo, um bichinho que ficou preso na árvore e está precisando de ajuda. Uns cachorros que são presos pelo homem da carrocinha. E precisam salvar os cachorros.

O bacana é essa disposição da menina criança, em sair pelo parque, floresta, pelo quintal e se relacionar com vários personagens, sem uma distinção aparente.

Dá voz à criança, principalmente no que se relaciona com o mundo adulto. Quando aparece o Raposo, que é trapaceiro e só quer atrapalhar (ele não é malvado, só quer um pouco mais de atenção), ela diz: "Raposo, não pegue! Raposo, não!", dá voz pra que a criança diga não. Tem muito adulto que esquece que criança tem essa capacidade, de se colocar, e de muitas vezes não querer o que ele está falando.

Imaginem só gente, a Dora usa um mapa, pra mostrar que às vezes precisa pedir ajuda. Eu achei isso muito descolado.

Tem o amigo Botas, que é um macaco e está sempre nas suas aventuras. De vez em quando aparece o Diego, seu amigo e que ajuda nas travessuras.

O que eu não gosto: eles aproveitam o desenho, que é meio hispânico, pra ensinar às crianças a falar inglês.
Soy contra essa obrigatoriedade de aprender o inglês, custe o que custar. Dá pra entender isso, pensando na questão de o produtor do desenho ser americano (Nickelodion) e, estar comprovado, que mais de 50% da População, pelo menos, em NY, ser de hispânicos e orientais, e nãos mais de americanos.

No geral, é um dos desenhos que mais gosto de ver a Tarsila assistindo. Não é só por ser mais descolado (menina, aventureira, que pede ajuda e não se fragiliza... olha o feminismo aí).

Essa parte mais cabeçuda dá pra encontrar na Wikipédia: Dora, The Explorer

Voltando Pra Molecada, acho que vale a pena assistir sim. Só precisa de uma graninha extra. Quem puder, dá um pulo lá.

Aguardo os comentários

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Quartos muito fofos

Tudo bem, uma grande inspiração minha para o site vem da Revista TPM, que não é esse o foco da revista, mas que tem várias idéias bacanas pra nós, mamães, um pouco mais descoladas.

E pra variar, achei um texto que dá várias dicas de como montar e do que colocar no O Quarto do Bebê.
Tem uns tantos blogs, falando de berços,  poltronas e outras dicas.

Quer conferir mais um pouco? Então dá uma olhada lá...

E depois comenta aqui.

beijos e té mais ver

terça-feira, 6 de setembro de 2011

E deve estar no avião...

... indo para terras mineiras o kit do sorteio da minha querida amiga Val.

E continuem entrando e deixando comentários.

beijos e té já

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

RESULTADO Sorteio Niver do Blog

Olás,

Como prometido, hoje foi dia de sorteio.

Considerei 7 comentários:

1 - Cissa
2 - Val Toloi
3 - Cuca Couto
4 - Micheliny
5 - Juliana
6 - Keka
7 - Ester

E o resultado foi....


2 - Val Toloi













Val, vou mandar pra BH , risos... Esse eu juro que chega.
Você tira uma fotinho dele chegando e me manda??

Beijão e obrigada a todos pela participação.

Té já já.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tarsila do Amaral - 125 anos

Hoje a Tarsila do Amaral faria 125 anos.

Mulher porreta, muito à frente do seu tempo.

Foi a inspiradora do nome de Tarsila Amaral Gonçalves, filhota querida e de gênio forte.

Distam uma da outra 122 anos e alguns meses.

Venho complementar este post mais tarde,mas já deixo aqui uma singela homenagem à essa grande artista, de alma, de nome e de ARTE.

Obra da Tarsila do Amaral - CUCA (by http://muraldeatividades.files.wordpress.com/2010/05/cuca50.jpg)


Site oficial: Tarsila do Amaral

Foto nova

COMPLEMENTANDO O POST

A minha Tarsila Amaral adora o seu próprio nome, não curte que alguém a chame de qualquer apelido ou diminutivo, quando isso acontece a reação dela é sempre a mesma: "Mas meu nome não é esse, meu nome é Tarsila".

A NOSSA Tarsila do Amaral amava animais na sua infância, chegou a ter 40 gatos na fazenda que morava.
Viajou o mundo,fez parte dos principais movimentos culturais do Brasil, integrou a I Bienal de São Paulo, criou o movimento Antropofágico, pretendendo engolir as importações culturais européias que se fazia até entaõ.

Minha Tarsila não gosta que encostem sem autorização dela, fica brava com qualquer abraço ou chamego sem um aceito seu.
Gosta de histórias, gosta de encontrar outras Tarsilas (ficou encantada com a Tarsila que canta com o Hélio Ziskind e é doce, muito doce), gosta de desenhos e gosta de rock. Tem 3 anos e 5 meses e um olhar e abracinho mais do que penetrante.




Retrato de Tarsila do Amaral (http://tarsilavogue.blogspot.com/2010/08/tarsila-do-amaral.html)



A minha Tarsila Amaral




 E um pouco mais sobre a Tarsila do Amaral aqui em baixo:

Biografia resumida


TARSILA DO AMARAL


INFÂNCIA E APRENDIZADO

Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.

Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.


1923

Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.

Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923.


PAU BRASIL

Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.

Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.

ANTROPOFAGIA

Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.

Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.

A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.

Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.

SOCIAL E NEO PAU BRASIL

Em 1931, já com um novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda Classe'. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'. Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis.

Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'. Sua filha faleceu antes dela, em 1966.

Tarsila faleceu em janeiro de 1973.  

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Comentários

Gente,

Muitos reclamaram dizendo que não era possível fazer comentários.
Resolvi (ou deveria ter resolvido) o problema.

QUem não tiver conta no google, yahoo, pode comentar como Anônimo, mas peço pra deixar o nome, tá?

beijão e té já já.

ps: Comentem, escrevam e participem do sorteio.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fui eu que FIZ

Gente, olha o drama!

Precisava cortar o cabelo da Tarsila. Estava enorme pra um cotoquinho de 3 anos.
Ela já reclamava que estava muito comprido e queria o cabelo mais curtinho.

Olha só o tamanho que estava:



Isso que estava com uma trança.

Depois que decidimos que seria cortado, minha mãe vem com a triste notícia de que meu cabelereiro, e que estava se tornando o cabelereiro da Tarsila, acabou de aumentar (para os meus bolsos) absurdamente o preço.

Não consigo deixar qualquer um cortar o meu cabelo, quanto mais o dela.

Então decidi deixar aflorar a cabelereira que existe em mim. Conversei com ela que cortaria o cabelo dela, já no começo da semana passada. O Alan comentou que na 6a. feira ela estava toda empolgada, contando pras educadoras dela que eu cortaria o cabelo.

Chegou sábado, lavei bem o cabelo, prendi e sem dó, cortei.

Vejam como ficou:


 A PARTE DE TRÁS
E a carinha de feliz, depois que não tinha mais cabelo nas costas.

e agora todas as mães da creche da Tarsila querem saber aonde ela corta o cabelo. Quem sabe?? Adorei e ficou bem bonitinho (modéstia a parte).

SORTEIO Niver do Blog

Tão atarefada que faltou comemorar o aniversário do Blog.

Como?

Realizando um sorteio pra vocês que lêem, acompanham e curtem o que é Pra Molecada.

O prêmio é um kit de produtos da Natura, assim ó:


Shampoo Fom Fom (pra molecada a partir dos 3 anos)
Condicionador Io io (pra molecada a partir dos 3 anos)

Gel para as pernas (pras mamães da molecada)
E um hidratante pros bebês e molecada, afinal, nesse inverno, toda pele merece um pouco de mais hidratação.






Para participar basta deixar um ÚNICO comentário.

O sistema de sorteio será feito pelo Random.org.

O resultado sairá na próxima 6a. feira, dia 02 de setembro.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pacha Mama: A mãe de braços cruzados

Pacha Mama: A mãe de braços cruzados: Ontem fomos a um aniversário de um amiguinho da Nina, que é filho de uma pessoa fofa, super-querida.Não sei se preciso dizer, mas enfim, já ...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Site de Festas

Esse é um site bem bacana.

Muitas dicas e até encomendas para enfeitar festas, infantis, adolescentes e porque não a nossas.

PARANGOLÉ

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Colo de Mãe - de Bruno Pesca



Foi numa viagem, a passeio, que me deparei com esse texto lindo. De um filho sobre a ausência da sua mãe por conta de viagens a trabalho. Pronto, falei de mais. Agora é ler o texto...

Uma dica de moleque grande, pra nós mães, que ficamos com o coração na mão, em cada viagem que precisamos fazer a trabalho.

VIAGENS A TRABALHO SÃO MOTIVO DE ANGÚSTIA PARA AS MULHERES QUE DEIXAM FILHOS EM CASA. MAS HÁ NISSO ALGO ALÉM DE SAUDADE?

Volta e meia, os adolescentes gostam de dizer que suas mães viajam. Na maioria dos casos, trata-se de uma figura de linguagem que denota a suposta dificuldade de compreensão das mães sobre algumas demandas dos jovens. Mas algumas mães sempre viajam, literalmente: são comissárias de bordo - como a minha -, e também passageiras frequentes, que por razões profissionais acumulam tantos quilômetros como dias longe de seus filhos, às vezes pequenos.

No caso dos menorzinhos, o processo é um tanto doloroso, tanto para a mãe como para o filho. Do lado delas, se ausentar de casa por dias causa, inevitavelmente, muita preocupação. Do lado das crianças, isso talvez cause mesmo alguma confusão - mas alerto que a experiência não necessariamente é ruim ou traumática.

Hoje quem viaja sou eu, por isso gostaria de tranquilizar minha mãe e inocentar outras mais que se sentem culpadas. Mulheres que se ausentam para trabalhar mostram aso filhos que a vida requer coragem, que todos têm suas obrigações e que o mundo não gira ao redor deles. Essa educação faz parte da obrigação dos pais, certo?

O mês de maio é ótimo para refletirmos sobre a relação com nossas mães. Voar é ótimo para reflexões serenas. Quando autorizarem você a ligar novamente o celular, telefone para sua mãe (ou seu filho, ou quem quer que seja sua verdadeira família), e avise que teve uma viagem tranquila. Lembre-se de que, enquanto voamos, são procedimentos de navegação tão básicos como esse que nos põe o mais próximo possível a um céu de brigadeiro.

TEXTO: foi tirado da revista TAM nas Nuvens de Maio e é de autoria de Bruno Pesca, produtor e apresentador do programa Não Conta Lá em Casa.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Molecada Organizada



A-D-O-R-O!!

Idéias pra ajudar a organizar.

Essa dica aqui foi publicada no site da Revista TPM, que tem parte de decoração muito incrível.

E ainda mais pra ajudar a nossa molecada (não importa a idade) a organizar o quarto.

Um designer americano, Peter Bristol, criou uma cômoda que mostra de uma forma interessante aonde guardar cada peça.

O que vocês acham?



E o Boitatá?

Conversando com minha filha ontem à noite, fiquei espantada (com gosto) por conta de sua alusão às figuras do nosso folclore brasileiro.
Ela estava desenhando, e começou a falar:
Este é o Boitatá, e saí um monte de fogo do olho dele.
Olha  o monte de fogo saindo...

Misto de prazer que do auge dos seus 3 anos ela se aproprie das nossas histórias brasileiras de uma forma incrível e chocada pela minha ignorância, que desconhecia as origens de cada história. Tentei corrigir, achando que quem possuia fogos era o Curupira.

Seu dedinho em riste me dizia o contrário: "Não mamãe, o boitatá saí fogo dos olhos.
E o curupira?

O Curupira protege os bichinhos das folrestras (sim, porque falar floresta é algo quiça complicado) para os caçadores não matarem eles. E o Curupira fica bravo com eles, com os caçadores da folrestras.




Então segue aqui uma história, dentre tantas que tem contadas, sobre o boitatá:

LENDAS POPULARES




A RIQUEZA DO IMAGINÁRIO BRASILEIRO



Guaeira Waldeck

Goordenação de Folclore- EUNARTE



BOITATA







Há registro de que a primeira versão da história foi feita pelo padre José de Anchieta, que o denominou com o termo tupi Mbaetatá - coisa de fogo. A idéia era de uma luz que se movimentava no espaço, daí, "Veio a imagem da marcha ondulada da serpente ". Foi essa imagem que se consagrou na imaginação popular Descrevem o Boitatá como uma serpente com olhos que parecem dois faróis, couro transparente, que cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas, nas beiras dos rios. Em Santa Catarina, a figura aparece da seguinte maneira: um touro de "pata como a dos gigantes e com um enorme olho bem no meio da testa, a brilhar que nem um tição de fogo". A versão que predominou foi a do Rio Grande do Sul. Nessa região, narra a lenda que houve um período de noite sem fim nas matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado afim de se protegerem. A boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura, acorda com a inundação e, faminta, decide sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decide comer a parte que mais lhe apetecia, os olhos dos animais. E de tanto comê-los vai ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. O seu corpo transforma-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, boitatá, cobra de fogo. Ao mesmo tempo a alimentação fruga! deixa a boiguaçu muito fraca. Ela morre e reaparece nas matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre os homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar. e de olhos bem fechados. A tentativa de escapulir apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas matas. No Rio Grande do Sul, acredita-se que o "boitatá" é o protetor das inatas e das campinas. A verdade é que a idéia de uma cobra luminosa, protetora de campinas e dos campos aparece freqüentemente na literatura, sobretudo nas narrativas do Rio Grande do Sul.



As histórias acima fazem parte de um vastissimo conjunto de nossas tradições populares, que desde o século XIX são alvo de intenso interesse e controvérsias entre antropólogos e estudiosos em geral. Uma das primeiras questões que aguçam a curiosidade é a de saber sobre a origem, embora muitas vezes os elementos estejam tão mesclados e se transformaram de tal forma que fica impossível localizar a fonte original. Indicar hipotética fonte, o que se faz sacrificando o conjunto da narrativa, pouco esclarece sobre as adaptações que sofre no tempo e no espaço, quando migra de uma região para outra e recebe novas influências. De fato, no caso, tanto o termo Mboitatá como Caapora denunciam a tradição indígena.



Mas as escavações para buscar a origem não dão conta de alguns aspectos bastante interessantes. Um deles é perceber que essas, como tantas outras histórias, são narradas cru determinadas situações: que situações são essas; quem conta para quem? Será que mesmo na região onde, em princípio, estariam mais arraigadas elas seriam compartilhadas da mesma maneira por todos os habitantes? Não se deve esquecer também que essas narrativas impõem, para os que nela acreditam, certas atitudes e revelam certos sentimentos em relação aos perigos da floresta; elas também costumam servir de justificativas, como é ocaso de um caçador mal sucedido, que pode atribuir a má sorte ao fato de ter deparado com o Caipora.



Em regiões onde prevalece a transmissão oral essas histórias desempenham um papel bastante importante na socialização. Contar e ouvir "causos" é uma atividade lúdica, para passar o tempo livre. Na recreação, os indivíduos vão incorporando os valores do grupo em que vivem, e assim aprendem como proceder quando saem, por exemplo, para caçar. Na história do Caipora é inculcada a idéia de que se deve estabelecer limites no abate as presas, e que em dias santos ou sextas-feiras deve-se evitar a floresta. Outras histórias como a da Cuca, nosso papão do universo infantil, ensina que as crianças devem ir cedo para a cama sem fazer traquinagens antes de dormir. Mas o papel da história contada num grupo de seringueiros ou num grupo de pescadores, sobretudo quando não tem muito contato com a vida na cidade, é distinto do papel dessas mesmas histórias na vida de crianças de classe média que ouviam as histórias de sua babá ou de adultos letrados que as ouvem das fontes nativas, dos pais, das instituições de ensino e da indústria cultural e participariam assim simultaneamente da cultura do povo e da cultura erudita. Mas, mesmo numa mesma região, épossível encontrar ausência de consenso quanto à crença em seres fabulosos. Foi o que ocorreu com o antropólogo Eduardo Galvão, quando esteve, em 1948, numa região do baixo Amazonas. Ao recolher relatos sobre seres sobrenaturais, encontrou tanto depoimentos crédulos, sobretudo de seringueiros e de pescadores, que faziam descrições detalhadas de seus encontros com seres sobrenaturais, quanto opiniões céticas de moradores que se referiam à crença no Curupira como "abusão de gente mais velha". Ou comentavam: "são apenas lendas". Obteve um relato de um habitante que dizia acreditar no Curupira, embora jamais tivesse tido uma experiência de ordem pessoal com o ente, pois narrava as histórias que lhe foram contadas pelo avô.



Fatos como o descrito acima por Galvão, em Santos e Visagens, indicam que as mesmas histórias são partilhadas pelo povo brasileiro de maneira diferente, numa mesma época ou em épocas e gerações diferentes. Entretanto, pode-se lembrar que essas tradições populares são muitas vezes reivindicadas como um meio de revelar todos os brasileiros ou de identificar o modo de ser, pensar e agir de uma região do país. Seguindo uma tradição que, de acordo com Peter Burke, tem início no final do século XVIII na Europa. Afonso Arinos. em Lendas e Tradições Brasileiras, vê na descoberta da cultura popular a existência de "um opulento tesouro esquecido". E acrescenta: "Explorai-o, colhei a mancheias, que tocareis na fonte verdadeira da vida de nossa raça e ela repetirá convosco o milagre de Fausto". Embora se possa relativizar o tom ufanístico excessivo do escritor mineiro, não resta dúvida de que vários escritores brasileiros da modernidade, como é o caso de Mário de Andrade (Macunaíma), Raul Bopp (Cobra Norato) e Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas), para mencionar alguns dos mais importantes, estiveram sempre muito atentos às tradições populares brasileiras, o que revela que essas tradições migram e são incorporadas pela cultura erudita.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Troca Troca de Roupas Infantis

Tentando começar o ano e uma preguiça intensa. Mas quando vi essa dica, não resisti.

Dica ótima,

A gente faz bazar, mas sofre com as roupas (muitas vezes boas) que não usamos mais em nossos rebentos.
Percebi entre minhas amigas-mães uma intensa troca de roupas infantis, e isso feito sem nenhum pudor ou arrogância de querer somente roupas novíssimas para seus filhotes. Isso pelos seguintes motivos (meus):

1 - as roupas são semi-novas, exceto aquelas que vão pras creches/ escolas, mas que sempre servem quando as crianças vão se aventurar pelo mundo;

2 - a  palavrinha sustentabilidade está por aí;

3 - Economia e fora que conseguimos manter nossos filhos com roupas sempre bacanas.

Daí vi essa idéia por aqui, no site da Revista TPM e o site original está aqui: http://www.thredup.com/

O que vocês acham?

Podemos começar algo assim em São Paulo.