terça-feira, 30 de agosto de 2011

Comentários

Gente,

Muitos reclamaram dizendo que não era possível fazer comentários.
Resolvi (ou deveria ter resolvido) o problema.

QUem não tiver conta no google, yahoo, pode comentar como Anônimo, mas peço pra deixar o nome, tá?

beijão e té já já.

ps: Comentem, escrevam e participem do sorteio.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fui eu que FIZ

Gente, olha o drama!

Precisava cortar o cabelo da Tarsila. Estava enorme pra um cotoquinho de 3 anos.
Ela já reclamava que estava muito comprido e queria o cabelo mais curtinho.

Olha só o tamanho que estava:



Isso que estava com uma trança.

Depois que decidimos que seria cortado, minha mãe vem com a triste notícia de que meu cabelereiro, e que estava se tornando o cabelereiro da Tarsila, acabou de aumentar (para os meus bolsos) absurdamente o preço.

Não consigo deixar qualquer um cortar o meu cabelo, quanto mais o dela.

Então decidi deixar aflorar a cabelereira que existe em mim. Conversei com ela que cortaria o cabelo dela, já no começo da semana passada. O Alan comentou que na 6a. feira ela estava toda empolgada, contando pras educadoras dela que eu cortaria o cabelo.

Chegou sábado, lavei bem o cabelo, prendi e sem dó, cortei.

Vejam como ficou:


 A PARTE DE TRÁS
E a carinha de feliz, depois que não tinha mais cabelo nas costas.

e agora todas as mães da creche da Tarsila querem saber aonde ela corta o cabelo. Quem sabe?? Adorei e ficou bem bonitinho (modéstia a parte).

SORTEIO Niver do Blog

Tão atarefada que faltou comemorar o aniversário do Blog.

Como?

Realizando um sorteio pra vocês que lêem, acompanham e curtem o que é Pra Molecada.

O prêmio é um kit de produtos da Natura, assim ó:


Shampoo Fom Fom (pra molecada a partir dos 3 anos)
Condicionador Io io (pra molecada a partir dos 3 anos)

Gel para as pernas (pras mamães da molecada)
E um hidratante pros bebês e molecada, afinal, nesse inverno, toda pele merece um pouco de mais hidratação.






Para participar basta deixar um ÚNICO comentário.

O sistema de sorteio será feito pelo Random.org.

O resultado sairá na próxima 6a. feira, dia 02 de setembro.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pacha Mama: A mãe de braços cruzados

Pacha Mama: A mãe de braços cruzados: Ontem fomos a um aniversário de um amiguinho da Nina, que é filho de uma pessoa fofa, super-querida.Não sei se preciso dizer, mas enfim, já ...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Site de Festas

Esse é um site bem bacana.

Muitas dicas e até encomendas para enfeitar festas, infantis, adolescentes e porque não a nossas.

PARANGOLÉ

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Colo de Mãe - de Bruno Pesca



Foi numa viagem, a passeio, que me deparei com esse texto lindo. De um filho sobre a ausência da sua mãe por conta de viagens a trabalho. Pronto, falei de mais. Agora é ler o texto...

Uma dica de moleque grande, pra nós mães, que ficamos com o coração na mão, em cada viagem que precisamos fazer a trabalho.

VIAGENS A TRABALHO SÃO MOTIVO DE ANGÚSTIA PARA AS MULHERES QUE DEIXAM FILHOS EM CASA. MAS HÁ NISSO ALGO ALÉM DE SAUDADE?

Volta e meia, os adolescentes gostam de dizer que suas mães viajam. Na maioria dos casos, trata-se de uma figura de linguagem que denota a suposta dificuldade de compreensão das mães sobre algumas demandas dos jovens. Mas algumas mães sempre viajam, literalmente: são comissárias de bordo - como a minha -, e também passageiras frequentes, que por razões profissionais acumulam tantos quilômetros como dias longe de seus filhos, às vezes pequenos.

No caso dos menorzinhos, o processo é um tanto doloroso, tanto para a mãe como para o filho. Do lado delas, se ausentar de casa por dias causa, inevitavelmente, muita preocupação. Do lado das crianças, isso talvez cause mesmo alguma confusão - mas alerto que a experiência não necessariamente é ruim ou traumática.

Hoje quem viaja sou eu, por isso gostaria de tranquilizar minha mãe e inocentar outras mais que se sentem culpadas. Mulheres que se ausentam para trabalhar mostram aso filhos que a vida requer coragem, que todos têm suas obrigações e que o mundo não gira ao redor deles. Essa educação faz parte da obrigação dos pais, certo?

O mês de maio é ótimo para refletirmos sobre a relação com nossas mães. Voar é ótimo para reflexões serenas. Quando autorizarem você a ligar novamente o celular, telefone para sua mãe (ou seu filho, ou quem quer que seja sua verdadeira família), e avise que teve uma viagem tranquila. Lembre-se de que, enquanto voamos, são procedimentos de navegação tão básicos como esse que nos põe o mais próximo possível a um céu de brigadeiro.

TEXTO: foi tirado da revista TAM nas Nuvens de Maio e é de autoria de Bruno Pesca, produtor e apresentador do programa Não Conta Lá em Casa.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Molecada Organizada



A-D-O-R-O!!

Idéias pra ajudar a organizar.

Essa dica aqui foi publicada no site da Revista TPM, que tem parte de decoração muito incrível.

E ainda mais pra ajudar a nossa molecada (não importa a idade) a organizar o quarto.

Um designer americano, Peter Bristol, criou uma cômoda que mostra de uma forma interessante aonde guardar cada peça.

O que vocês acham?



E o Boitatá?

Conversando com minha filha ontem à noite, fiquei espantada (com gosto) por conta de sua alusão às figuras do nosso folclore brasileiro.
Ela estava desenhando, e começou a falar:
Este é o Boitatá, e saí um monte de fogo do olho dele.
Olha  o monte de fogo saindo...

Misto de prazer que do auge dos seus 3 anos ela se aproprie das nossas histórias brasileiras de uma forma incrível e chocada pela minha ignorância, que desconhecia as origens de cada história. Tentei corrigir, achando que quem possuia fogos era o Curupira.

Seu dedinho em riste me dizia o contrário: "Não mamãe, o boitatá saí fogo dos olhos.
E o curupira?

O Curupira protege os bichinhos das folrestras (sim, porque falar floresta é algo quiça complicado) para os caçadores não matarem eles. E o Curupira fica bravo com eles, com os caçadores da folrestras.




Então segue aqui uma história, dentre tantas que tem contadas, sobre o boitatá:

LENDAS POPULARES




A RIQUEZA DO IMAGINÁRIO BRASILEIRO



Guaeira Waldeck

Goordenação de Folclore- EUNARTE



BOITATA







Há registro de que a primeira versão da história foi feita pelo padre José de Anchieta, que o denominou com o termo tupi Mbaetatá - coisa de fogo. A idéia era de uma luz que se movimentava no espaço, daí, "Veio a imagem da marcha ondulada da serpente ". Foi essa imagem que se consagrou na imaginação popular Descrevem o Boitatá como uma serpente com olhos que parecem dois faróis, couro transparente, que cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas, nas beiras dos rios. Em Santa Catarina, a figura aparece da seguinte maneira: um touro de "pata como a dos gigantes e com um enorme olho bem no meio da testa, a brilhar que nem um tição de fogo". A versão que predominou foi a do Rio Grande do Sul. Nessa região, narra a lenda que houve um período de noite sem fim nas matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado afim de se protegerem. A boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura, acorda com a inundação e, faminta, decide sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decide comer a parte que mais lhe apetecia, os olhos dos animais. E de tanto comê-los vai ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. O seu corpo transforma-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, boitatá, cobra de fogo. Ao mesmo tempo a alimentação fruga! deixa a boiguaçu muito fraca. Ela morre e reaparece nas matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre os homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar. e de olhos bem fechados. A tentativa de escapulir apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas matas. No Rio Grande do Sul, acredita-se que o "boitatá" é o protetor das inatas e das campinas. A verdade é que a idéia de uma cobra luminosa, protetora de campinas e dos campos aparece freqüentemente na literatura, sobretudo nas narrativas do Rio Grande do Sul.



As histórias acima fazem parte de um vastissimo conjunto de nossas tradições populares, que desde o século XIX são alvo de intenso interesse e controvérsias entre antropólogos e estudiosos em geral. Uma das primeiras questões que aguçam a curiosidade é a de saber sobre a origem, embora muitas vezes os elementos estejam tão mesclados e se transformaram de tal forma que fica impossível localizar a fonte original. Indicar hipotética fonte, o que se faz sacrificando o conjunto da narrativa, pouco esclarece sobre as adaptações que sofre no tempo e no espaço, quando migra de uma região para outra e recebe novas influências. De fato, no caso, tanto o termo Mboitatá como Caapora denunciam a tradição indígena.



Mas as escavações para buscar a origem não dão conta de alguns aspectos bastante interessantes. Um deles é perceber que essas, como tantas outras histórias, são narradas cru determinadas situações: que situações são essas; quem conta para quem? Será que mesmo na região onde, em princípio, estariam mais arraigadas elas seriam compartilhadas da mesma maneira por todos os habitantes? Não se deve esquecer também que essas narrativas impõem, para os que nela acreditam, certas atitudes e revelam certos sentimentos em relação aos perigos da floresta; elas também costumam servir de justificativas, como é ocaso de um caçador mal sucedido, que pode atribuir a má sorte ao fato de ter deparado com o Caipora.



Em regiões onde prevalece a transmissão oral essas histórias desempenham um papel bastante importante na socialização. Contar e ouvir "causos" é uma atividade lúdica, para passar o tempo livre. Na recreação, os indivíduos vão incorporando os valores do grupo em que vivem, e assim aprendem como proceder quando saem, por exemplo, para caçar. Na história do Caipora é inculcada a idéia de que se deve estabelecer limites no abate as presas, e que em dias santos ou sextas-feiras deve-se evitar a floresta. Outras histórias como a da Cuca, nosso papão do universo infantil, ensina que as crianças devem ir cedo para a cama sem fazer traquinagens antes de dormir. Mas o papel da história contada num grupo de seringueiros ou num grupo de pescadores, sobretudo quando não tem muito contato com a vida na cidade, é distinto do papel dessas mesmas histórias na vida de crianças de classe média que ouviam as histórias de sua babá ou de adultos letrados que as ouvem das fontes nativas, dos pais, das instituições de ensino e da indústria cultural e participariam assim simultaneamente da cultura do povo e da cultura erudita. Mas, mesmo numa mesma região, épossível encontrar ausência de consenso quanto à crença em seres fabulosos. Foi o que ocorreu com o antropólogo Eduardo Galvão, quando esteve, em 1948, numa região do baixo Amazonas. Ao recolher relatos sobre seres sobrenaturais, encontrou tanto depoimentos crédulos, sobretudo de seringueiros e de pescadores, que faziam descrições detalhadas de seus encontros com seres sobrenaturais, quanto opiniões céticas de moradores que se referiam à crença no Curupira como "abusão de gente mais velha". Ou comentavam: "são apenas lendas". Obteve um relato de um habitante que dizia acreditar no Curupira, embora jamais tivesse tido uma experiência de ordem pessoal com o ente, pois narrava as histórias que lhe foram contadas pelo avô.



Fatos como o descrito acima por Galvão, em Santos e Visagens, indicam que as mesmas histórias são partilhadas pelo povo brasileiro de maneira diferente, numa mesma época ou em épocas e gerações diferentes. Entretanto, pode-se lembrar que essas tradições populares são muitas vezes reivindicadas como um meio de revelar todos os brasileiros ou de identificar o modo de ser, pensar e agir de uma região do país. Seguindo uma tradição que, de acordo com Peter Burke, tem início no final do século XVIII na Europa. Afonso Arinos. em Lendas e Tradições Brasileiras, vê na descoberta da cultura popular a existência de "um opulento tesouro esquecido". E acrescenta: "Explorai-o, colhei a mancheias, que tocareis na fonte verdadeira da vida de nossa raça e ela repetirá convosco o milagre de Fausto". Embora se possa relativizar o tom ufanístico excessivo do escritor mineiro, não resta dúvida de que vários escritores brasileiros da modernidade, como é o caso de Mário de Andrade (Macunaíma), Raul Bopp (Cobra Norato) e Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas), para mencionar alguns dos mais importantes, estiveram sempre muito atentos às tradições populares brasileiras, o que revela que essas tradições migram e são incorporadas pela cultura erudita.